O uso do Fosfito de Potássio

O fosfito de potássio foi desenvolvido para fornecer fósforo (íons fosfito) e potássio em alta concentração para nutrição das plantas. Observou-se que as plantas bem nutridas com estes elementos tornam-se mais resistentes às doenças, pragas, secas e geadas.
O primeiro teste com Fosfito de Potássio ocorreu em 1983, na Austrália, quando se descobriu que a aplicação do produto controlou Phytophtora cinamommi, fungo que ataca a raiz do abacateiro. Na época, obteve-se um resultado amplamente positivo. Os fosfitos são compostos originados da neutralização do ácido fosforoso (H3PO3) por uma base (hidróxido de sódio, hidróxido de potássio ou hidróxido de amônio). O produto formado, íons fosfitos, possui alta solubilidade e, portanto absorvido pelas folhas, tecido lenhoso e raízes com maior rapidez se comparado aos íons fosfatos (derivado do Ácido Fosfórico).A vantagem da formulação em Fosfito se deve a sua estrutura molecular que apresenta um átomo de oxigênio a menos (PO3), tornando-se mais assimilável pelas plantas através das membranas. Além disso, possui deslocamento mais rápido dentro da planta. No comércio podem ser encontrados produtos formulados a partir do Ácido fosforoso (H3P03-), os quais reagem com fonte especial de Potássio produzindo fosfito de potássio.

3 comentários:

  1. Gostaria de indagar se o uso de Fosfito de POtássio é liberado por Certificadoras e quais seriam elas. Entendo que sim pois o artigo esta em uma página de produção orgânica. Além do Fosfito que outras fontes de fósforo solúvel há?

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  2. O USO DE FOSFITO E OUTROS PRODUTOS NA AGRICULTURA ORGÂNICA- O objetivo do fosfito de potássio não tem aqui a função de nutrição da planta,pois são aplicados doses muito baixas. Procura-se fortalecer as células com potássio que torna as paredes celulares mais rígidas e reduzem a infecção de agentes patogênicos, como os fungos quando as hifas (como raízes) vão penetrar nas células da epiderme. Como todo nutriente e insumo a ser aplicado no sistema orgânico deve estar incluído no Plano de Produção e consultado a certificadora. Algumas certificadoras podem negar seu uso, enquanto outras poderão autorizar caso seja provado que o local tenha excesso de umidade de calor e umidade e o controle fúngico seja difícil, não sendo possível controlar pelos métodos ecológicos, caso da cultura do figo. Num outro exemplo, a agricultura orgânica é um sistema racional de produção agrícola que recomenda apenas 2 ton de calcário por hectare/ano, no entanto, se houver comprovação técnica na consulta a certificadora, uma maior dosagem poderá ser estudada pelo seu Departamento Técnico.

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  3. FONTES DE FÓSFORO NA AGROECOLOGIA- O fosfito, assim como outros fosfatos químicos, não são indicados aqui na nutrição da planta, pois fontes de alta solubilidade não devem ser utilizadas. Ele é uma alternativa para tornar as células da epiderme da planta mais rígidas e resistentes aos ataques dos patógenos e insetos sugadores, como pulgões e tripes que introduzem doenças. Como todo insumo externo deve estar no Plano de Produção, e solicitar sua utilização pela certificadora. O produtor deve justificar seu emprego, e somente poderá ser autorizado pela certificadora orgânica quando as condições locais forem muito favoráveis aos fungos e não houver outras opções mais ecológicas. Quanto às fontes de fósforo, temos as rochas moídas, farinhas de ossos e o termofosfato (que tem uma parte de maior potencial de solubilização). Veja nosso livro: ADUBAÇÃO NA AGRICULTURA ECOLÓGICA

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